Quando te
encontrei
Você me
levou
Pra um
lugar tão meu
Cantinho
esquecido do meu coração
Acendeu-se
um lampião
Semente
velha mas que não estava morta
(Semente de
musica, semente de alma)
Voltei a
regar
E nutrir e
cuidar
E me botei
a caminhar na estrada
E quando
estou no mundo encarando a vida
Me pego às
vezes desprotegida
Sutil e
delicada, essa vida que brota
Começa a
sufocar
Sem
perceber
Frágil e
enfraquecida peço por socorro
E bebo de
mim em ti
(volto pra
você pra voltar pra mim)
E na fuga
de encarar o meu destino
Eu brinco
de consertar o seu
Doce viagem
estelar
Gravidade
zero a flutuar
E o mundo
lá embaixo a chamar:
“Cadê você?
Cadê? Volta pra Terra”
Um dia teu
silêncio me deixou
Com todas
as cartas na mão
E sem ter
como entregar
O jeito foi
encarar o meu porão
Sujar os pés no barro
Da minha
própria estrada
Aterrar
(no final,
as cartas serviam também para mim)
Te agradeço
E por hora
me despeço
Daquela
viagem no ar
E te
convido
A se
encontrar comigo
Aqui no
chão
De carne e
osso
Cada um
deixando a sua pegada
Na estrada
E vez ou
outra se cruzarão
Em meio à
luz e à escuridão
(E nem
preciso dizer que estou
por aqui
quando precisar)